A produtora de vinho Taylor’s anunciou o lançamento de um vinho do Porto tónico pronto a beber em lata, que chega este mês ao mercado em Portugal, no Reino Unido e nos Estados Unidos da América.
“O Taylor’s Chip Dry & Tonic é o culminar de dois anos de trabalho ao lado do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), que sem dúvida vai ajudar a trazer mais consumidores para o vinho do Porto”, afirmou Adrian Bridge, diretor-geral da Taylor’s.
O IVDP informou, na segunda-feira, que autoriza o uso da marca ‘Portonic’ para identificar e individualizar bebidas elaboradas com vinho do Porto, denominadas frequentemente por ‘cocktails’.
O uso da marca depende de prévia autorização pelo IVDP, designadamente da rotulagem da embalagem e da aprovação da bebida, sendo que essa bebida pode ser apresentada em garrafa, lata ou outros tipos de embalagem, com diferentes capacidades, a aprovar pelo IVDP.
Entretanto, são já várias as empresas produtoras de vinho do Porto que anunciaram o lançamento do vinho do Porto tónico em diferentes formatos, garrafas ou lata, como a Quinta da Boeira e a Offley, da Sogrape.
Para David Guimaraens, enólogo de Taylor’s, “este projeto foi um desafio para a equipa de enologia para selecionar os melhores ingredientes para combinar com o Taylor’s Chip Dry, de modo a garantir o melhor equilíbrio e a bebida mais agradável e refrescante.”
Este porto tónico ‘ready-to-drink’ em lata tem 5,5% de volume de álcool, pretende ser uma “forma de chegar a novos consumidores do vinho do Porto” e vai ser lançado inicialmente em Portugal, Reino Unidos e Estados Unidos da América.
A Taylor’s é uma produtora histórica de vinho do Porto, tendo sido estabelecida em 1692.
“Esta autorização visa criar novas formas de consumo que permitam conquistar relevância junto do público jovem, através de novas experiências associadas ao convívio e aos bons momentos da vida”, referiu o presidente do IVDP, Gilberto Igrejas, em comunicado.
Marcado pela pandemia de covid-19, o ano de 2020 provocou uma quebra na ordem dos 50 milhões de euros nas duas denominações de origem protegidas – Porto e Douro.
O volume de negócios atingiu os 517 milhões de euros, menos 9,5% do que no ano anterior (570 milhões de euros).
O ano acabou com quebras de 10%, em termos de valor, para os vinhos do Porto e de 8,5% para os vinhos do Douro, num total de 9,5% para as duas denominações de origem.
O vinho do Porto teve uma diminuição mais acentuada no mercado nacional, arrastado pelo encerramento do canal Horeca (hotéis, restaurantes, cafés) e pela redução do turismo.
O Porto exportou menos 3,7% em valor e o Douro 0,7%. Nas duas denominações de origem o mercado nacional significou menos 20%.
Artigo Sibsab Portugal
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