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Evelyn Bandeca

Primeira usina solar com recursos de dinheiro digital do Brasil

Primeira usina solar com recursos de dinheiro digital do Brasil traz ganha-ganha para consumidores de energia elétrica e compradores da criptomoeda

Todo o projeto do complexo de geração de energia renovável de Itaobim, em Minas Gerais, que tem capacidade para abastecer mais de 10 mil residências, será realizado com recursos EnyCoin, que oferece retorno financeiro em curso e longo prazo.

Com financiamentos provenientes das taxas de transação de uma moeda digital, a EnyCoin (ENY), foi dada a largada para a construção da primeira usina de energia fotovoltaica do Brasil com recursos de criptomoedas. O ativo, representando uma geração renovável, é visto como uma tendência que deve se intensificar a cada dia, por oferecer retorno financeiro em curto e longo prazo e menor risco que as fontes fósseis, como o petróleo, o carvão mineral e o gás natural, todos oriundos da decomposição de seres vivos, que trazem como principal desvantagem a poluição ambiental. Ou seja: a prerrogativa é que, quanto mais se compra a ENY, mais ela será valorizada, o que representa um incentivo natural para a descarbonização, a mitigação do aquecimento global e a produção de energia limpa no Brasil e no mundo. A cidade escolhida para o lançamento oficial das obras da primeira usina que será montada com recursos do dinheiro digital foi Itaobim, em Minas Gerais, e na sequência serão contemplados com a novidade os estados da Bahia e Rio de Janeiro – dois polos importantes na produção de energia renovável no País.

Primeira usina solar com recursos de dinheiro digital do Brasil
Primeira usina solar com recursos de dinheiro digital do Brasil

Na cerimônia de Itaobim, via Telegram, o prefeito do município, Fabiano Fernandes, agradeceu a Marcos Silva, CEO da EnergyPay, startup responsável pelo projeto, uma vez que, em suas palavras, “a obra gerará emprego e renda para o município e mais: energia limpa, sustentável e renovável para todo o estado de Minas Gerais”. O projeto é audacioso, sendo um complexo de energia solar de grande porte, que converterá a luz do sol em corrente alternada para, depois, ser transmitida, em forma de energia elétrica, para a rede do Sistema Interligado Nacional (SIN). Como a usina fotovoltaica será instalada em uma área isolada, a sua energia será enviada aos centros urbanos por meio das linhas de transmissão. A previsão é que cada polo, autorizado pelos órgãos competentes, trabalhe com um megawatt de potência. Uma vez que cada residência mineira consome em média 121.6 kw/mês, a usina de Itaobim terá capacidade para abastecer 10 mil casas, no mínimo, assim como a do Rio de Janeiro e da Bahia. A notícia vem em boa hora, afinal, essa é uma (se não a melhor) maneira de ajudar a alimentar e diversificar a matriz elétrica nacional, a fim de evitar apagões ou rodízios em tempos da mais grave crise hídrica da história do País. De acordo com Marcos Silva, a primeira usina fotovoltaica brasileira com recursos de criptomoedas será entregue em dezembro de 2022, em um evento que terá, entre os destaques, uma ação social com repasse da arrecadação para pagamento da conta de luz de instituições beneficentes parceiras da EnergyPay. De acordo com as informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil possui 4.357 usinas fotovoltaicas em operação com uma capacidade de aproximadamente 3,84 GW. As mais potentes usinas de energia solar, em termos operacionais, são:

  1. Parque Solar São Gonçalo – 608 megawatts – São Gonçalo (PI);

  2. Complexo Solar Pirapora – 321 megawatts – Pirapora (MG);

  3. Parque Solar Nova Olinda – 292 megawatts – Ribeira do Piauí (PI);

  4. Complexo Solar Ituverava – 292 megawatts – Tabocas do Brejo Velho (BA);

  5. Parque Solar Lapa – 168 megawatts – Bom Jesus da Lapa (BA).

Funcionamento da EnergyPay Em tempos de bandeira tarifária escassez hídrica e aumentos que ultrapassam a inflação oficial na conta de luz, a EnergyPay surge como um driver para tentar reverter o problema causado pelo acionamento das termelétricas caras e poluentes. A solução encontrada foi “tokenizar” as usinas solares. Funciona assim: o custo das obras será dividido em diversas frações; e para cada uma dessas partes haverá os compradores de tokens. Então, cada usina será constituída em quatro etapas: 1ª) Taxa de transação: nesta fase, uma parte da porcentagem será destinada ao empreendimento; 2ª) Tokenização: os interessados compram as frações das usinas solares, de acordo com os seus interesses; 3ª) Compradores privados: grupos receberão propostas diferenciadas para viabilizar as obras; 4ª) Reinvestimento sobre a produção: alavancagem, para o desenvolvimento da usina, até que a meta de construção de 15 mw seja atingida. No parecer de Marcos Silva, CEO da EnergyPay, o propósito da fintech é deixar um legado no País e mostrar que o Brasil, além de ser uma potência no segmento de energia solar, é um exportador de inovações. “O interesse do mercado nos ativos sustentáveis é uma predisposição irreversível. Inclusive, as práticas ESG (Environmental, social and corporate governance) estão se tornando fator legítimo de competitividade das empresas, sendo que muitas já estão adotando essas condutas. Não tem como voltar ao passado: a cada dia a preocupação com o meio ambiente se tornará o direcionamento do processo produtivo para uma gestão eficaz”.


Marcos Silva, CEO da EnergyPay.
Marcos Silva, CEO da EnergyPay.

Marcos Silva, CEO da EnergyPay. Na EnergyPay, o comprador de ENY e, portanto, colaborador ativo da usina solar, recebe uma fração da empresa. Isso significa que ele ganha tanto com a valorização do ativo financeiro, quanto com os percentuais da venda de energia.

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